quinta-feira, 26 de março de 2009

O dignóstico da Sexboys

Aqui publicado originariamente em 3 de Março de 2009

O editor da Sexboys, edição 57 (Quando estaremos prontos?), após estabelecer comparação entre as conquistas dos movimentos pelo reconhecimento dos direitos de homossexuais da Colômbia, Argentina e Uruguai e do Brasil, conclui que o fato de aqui continuarmos em posição de cada vez maior atraso decorreria de “falta formação política”, endossando diagnóstico formulado por Alan Johan, editor da revista Lado A.Procedido ao diagnóstico, aponta a terapêutica.Ainda que não explicite quem exatamente careceria de formação política – Nossos parlamentares? A sociedade brasileira em geral? Ou apenas gays, lésbicas, travestis, transexuais?Afirma o editor da Sexboys: “a solução é uma só” – “a conscientização política e cívica”, “pararem de só reclamar da militância”, se “organizar mais e melhor” e “tomar as rédeas do que queremos”.Em que pese não ser “uma só” as soluções que apresenta, dizer que os homossexuais devem parar “de só reclamar da militância” leva a supor que é apenas a isso que se dedicam aqueles que não se vinculam às ongs glbtts.E, mais, que não se formulam críticas consistentes, profundas, fundamentadas, apenas meras “reclamações”.Nessa linha de abordagem, não surpreende, nesse editorial, a ausência de qualquer referência aos modos através dos quais a “militância” tem atuado, priorizando os aspectos ideológico-partidários em detrimento da efetiva conquista dos direitos.

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