segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Patrícia Acioli, um mês do atentado: Campanha contra impunidade e omissão do Estado

A esta hora, há um mês, a notícia do assassinato da juíza em Niterói começava a correr, primeiro no Twitter, depois na rádio... A princípio, difícil de acreditar, mas, depois, com o amanhecer, a notícia se confirmava: a Juíza responsável pela 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, RJ, fora desafiadoramente assassinada em frente ao portão de sua residência, quando chegava após mais um dia de trabalho no Fórum.

Passou-se um mês. Um mês de investigações, acompanhadas por deputados, membros do CNJ etc. A grande mídia deixou de lado a cobertura do caso. Mais um a ser deixado no esquecimento. A sociedade, contudo, ainda aguarda o seu esclarecimento. A sociedade e a nação, pois atingida foi a democracia, a república, todo o estado constitucional.

O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro, Sindjustiça, está convocando seus associados e a sociedade em geral a comparecer, hoje, dia 12 de setembro, às 12 horas, em frente ao Fórum da Praça XV, ao Ato Público puxado por diversas entidades dos movimentos sociais, estudantes de Direito e por familiares da juíza:

CAMPANHA CONTRA IMPUNIDADE E OMISSÃO DO ESTADO
A campanha pela punição dos culpados e responsabilização dos poderes públicos pela morte da juíza Patrícia Acioli terá nova manifestação no dia 12 de setembro, a partir das 12 horas, na porta do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ). O ato está sendo convocado por entidades dos movimentos sociais, estudantes de faculdades de Direito e por familiares da vítima.

A data marca um mês da execução da juíza Patrícia Acioli, com 21 tiros, quando chegava de carro na sua casa em Piratininga, bairro da Região Oceânica de Niterói (RJ), em agosto, expôs o pouco empenho do Estado em combater abusos policiais e as atividades ilegais desenvolvidas pelas milícias. 

Apesar das inúmeras ameaças que recebeu, Patrícia teve sua escolta policial reduzida pelo Tribunal de Justiça, que nega que isso tenha ocorrido apesar das evidências disso expressadas em documentos do próprio TJRJ e em depoimentos de pessoas próximas à juíza.

A magistrada, que atuava na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ), desafiava a prática de produção em série de ‘autos de resistência’ por arte de policiais militares para justificar a morte de civis. A juíza pôs na cadeia mais de 60 policiais acusados de pertencer a grupos de extermínio, além de combater o crime organizado das milícias. ‘Auto de resistência’ é a determinação utilizada pela polícia para designar morte de civis em enfrentamentos supostamente ocorridos em operações policiais. (com informações da Luta Fenajufe Notícias) www.sindjustica.org.br

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