Senhor Senador pelo Rio de Janeiro Lindbergh Farias
lindbergh.farias@senador.gov.br
Apresento o meu profundo e total protesto e repúdio pela sua atidude na sessão pública realizada em 29 último perante a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), que tinha por objetivo discutir a decisão do Conselho Curador da EBC em suspender programas religiosos que vem sendo transmitidos pela teve pública, em afronta ao princípio da laicidade.
A decisão do Conselho atendeu às reclamações apresentadas pelos ouvintes e assistentes das emissoras vinculadas à EBC, durante a Audiência Pública promovida pela mesma empresa, no auditório da Rádio Nacional no Rio de Janeiro, na qual estive presente.
Afirmar que o Conselho não possui legitimidade por não haver sido eleito pela população e que a decisão do Conselho Curador teria sido percebida pela população como uma agressão não apenas da [sic] EBC, mas na [sic] própria presidente da República dilma Rousseff, como a agência do Senado noticiou V.Exª teria declarado, além de se constituir em profundo desrespeito ao órgão curador da empresa pública, constitui-se uma inverdade.
No debate, Lindbergh Farias afirmou que a decisão do conselho põe em discussão a legitimidade do órgão.
- Se tivesse alguém eleito nesse conselho curador, não tomaria uma decisão como essa. Esse parece ser um conselho de iluminados, que não reflete a vontade popular - disse, ao afirmar que a resolução foi percebida pela população como uma agressão não apenas da EBC, mas na própria presidente da República Dilma Rousseff.
Sua atitude, V. Exª permita-me expressar, apenas demonstra preocupação em agradar a parcela de religiosos que compõe a base de apoio do governo que V.Exª serve. Em nada espelha os soberanos e pétreos princípios republicanos insculpidos em nossa Carta Constitucional.
Talvez interesse a V. Exª conhecer a opinião publicamente manifestada pelo ex-presidente da Radiobrás, emissora antecessora da EBC, Eugenio Bucci, em 07 de abril passado, através do jornal O Estado de São Paulo e que teve como título precisamente a afirmação
Na esperança de que V.Exª reveja sua posição, orientando-se pelo que determina a Constituição da República,
cordialmente,
Rita Colaço
"Quando a moral se baseia na teologia, quando o direito depende da autoridade divina, as coisas mais imorais e injustas podem ser justificadas e impostas" - Feuerbach, 1841.
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ouvidoria@ebc.com.br
Apresento o meu mais veemente protesto contra a atitude da senhora diretora-presidente da EBC, jornalista Teresa Cruvinel, ao defender que emissora pública transmita programas religiosos, proposta que vai contra a separação absoluta que deve se guardar, na República, entre os interesses de credos religiosos - quaisquer que sejam - e os interesses do estado.
Não faz parte das competências do estado republicano a transmissão, por suas emissoras públicas, de programas religiosos.
Apoio incondicionalmente a decisão do Conselho Curador da EBC que decidiu suspender a transmissão de programas religosos, atendendo as reclamações do público ouvinte e assistente das emissoras da EBC presente à Audiência Pública, quando manifestou-se contra semelhante aparelhamento do estado por vertentes religiosas.
Repudio vivamente a atitude da diretora-presidente, bem assim do senador Lindbergh Farias que se mostram apenas interessados em agradar a parcela religiosa da base de sustentação parlamentar do governo a que servem.
Apoio incondicionalmente a decisão do Conselho Curador da EBC que decidiu suspender a transmissão de programas religosos, atendendo as reclamações do público ouvinte e assistente das emissoras da EBC presente à Audiência Pública, quando manifestou-se contra semelhante aparelhamento do estado por vertentes religiosas.
Repudio vivamente a atitude da diretora-presidente, bem assim do senador Lindbergh Farias que se mostram apenas interessados em agradar a parcela religiosa da base de sustentação parlamentar do governo a que servem.
Sds.,
Rita Colaço
"Quando a moral se baseia na teologia, quando o direito depende da autoridade divina, as coisas mais imorais e injustas podem ser justificadas e impostas" - Feuerbach, 1841.
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