Saúde define 1º protocolo para atendimento de travestis do País
Documento define procedimentos como doses adequadas na hormonioterapia, acompanhamento fonoaudiológico e avaliação urológica
O Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids, da Secretaria da Saúde, pioneiro na América Latina, definiu o primeiro protocolo para atendimento de travestis do País. O documento inclui a orientação e definições de dosagens em relação ao uso de hormônios, acompanhamento e tratamento das complicações decorrentes do uso de silicone industrial, avaliações urológicas e proctológicas, entre outras.
Um dos principais aspectos do protocolo se refere à avaliação endocrinológica, com orientação relativa aos efeitos colaterais provenientes do uso de hormônios sexuais. O protocolo define as dosagens de hormônios a serem usadas e determina a avaliação em consultas periódicas do desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários.
O ambulatório também incluiu no documento o acompanhamento fonoaudiológico aos usários para adequação e treino vocal. O tratamento prevê a modulação da voz em seu timbre e sons naturais, utilizando equipamentos específicos da clínica fonoaudiológica e avaliação com otorrinolaringologista.
O protocolo garante a realização de avaliações para procedimentos estéticos-reparadores (cirurgia plástica) necessários para melhor adequação da identidade de gênero, colocação de próteses e procedimentos terapêuticos necessários para reparar danos provocados pela colocação de silicone industrial, entre outros procedimentos.
Levantamento realizado durante os seis primeiros meses do ambulatório (completados em dezembro) revelou que a demanda mais recorrente no local é a hormonioterapia, responsável por 45% dos casos. A remoção de silicone industrial foi responsável por 14% dos casos.
O ambulatório foi responsável pela realização da primeira cirurgia para retirada de silicone realizada pelo SUS em todo o País. "Com o protocolo, damos mais um passo fundamental para garantir o atendimento humanizado e com as melhores práticas assistências possíveis para esse grupo social", afirma a coordenadora do Programa Estadual DST/Aids-SP.Maria Clara Gianna.
O CRT/Aids fica na rua Santa Cruz, nº 81, na Vila Mariana, São Paulo.
Da Secretaria da Saúde
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Do sítio: http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=207470&q=Saúde+define+1º+protocolo+para+atendimento+de+travestis+do+País
Divulgado em listas por F. Martins
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