Quem quer que esteja circunscrito às informações fornecidas pelos grandes veículos de comunicação encontra-se extremamente vulnerável, à mercê das manipulações diuturnamente praticadas em defesa dos interesses de classe de seus proprietários.
No contexto presente, marcado pela disputa para a eleição Presidencial, cargo de maior representatividade em nossa sociedade, a prática da manipulação dos fatos encontra-se ainda mais intensificada.
Estamos a testemunhar uma verdadeira guerra de informação, onde o vale -tudo impera e as forças mais conservadoras e retrógradas presentes em nossa sociedade decidiram sequestrar o pleito republicano.
Pautando a cena política, onde deveria se realizar o debate amplo e aprofundado das questões nacionais vis a vis os programas de governo das duas concepções de Estado e de País que estão postas em disputa, a cortina de fumaça do garroteamento da apartação entre questões civis e religiosidade.
Permeando tudo, a velha máxima dos fins a justificar os meios - todos, sejam eles quais forem.
Disseminação de calúnias, destruição da imagem pública e pessoal, difamação, são apenas alguns dos ingredientes amplamente utilizados. Nós já assistimos esse filme em diversas versões.
Seja aquela campanha desqualificatória desferida contra a candidatura de Jandira Feghali ao Senado, há quatro anos atrás; sejam os métodos empregados para inviabilizar as duas primeiras candidaturas de Lula à Presidência da República; seja a forma pela qual se manipulou o conteúdo do Programa de Direitos Humanos III - em tudo semelhante ao sabotamento por ocasião do Congresso Constituinte, em 1987, do esforço realizado por setores progressistas e democráticos da sociedade para derrubar o monopólio e/ou oligopólio dos meios de comunicação e inserir, na Carta da República, princípios gerais norteadores das atividades das emissoras de rádio e televisão, impedindo veiculações atentatórias aos direitos humanos, .
Agora, em 2010, faltando 15 dias para a eleição para a Presidência da República, por determinação da Justiça Eleitoral, a Polícia Federal apreende em gráfica de propriedade da irmã do Coordenador da Campanha de José Serra, panfletos cujo conteúdo dá seguimento ao processo de tentativa de destruição da imagem de Dilma (veja em texto de Rodrigo Viana, em NovaE):
A gravidade do quadro atual é de tal monta, que inúmeras e diversas instituições da sociedade tem vindo a público desfazer boatos, recuperar informações históricas, divulgar dados socioeconômicos apresentados pelo país durante os dois últimos governos - o período conduzido por FHC e Serra e o período Lula/Dilma, manifestar-se veementemente contra a manipulação de temas de direitos humanos, saúde pública e liberdades civis.
É o caso da Associação Nacional de Historia (ANPUH); do Grupo de Trabalho de Gênero da ANPUH; da Associação Nacional de Posgraduandos; do Grupo Arco Íris para a Cidadania Homossexual/RJ; da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais (ABGLT).
Até mesmo os e as cidadãos individual e coletivamente tem vindo a público trazer o seu protesto, como se vê no manifesto assinado por inúmeros pesquisadores, professores universitários, cientistas sociais, servidores públicos, estudantes, trabalhadores, desempregados, donas de casa, protestando pela instrumentalização da questão do direito ao abortamento.
Até mesmo os e as cidadãos individual e coletivamente tem vindo a público trazer o seu protesto, como se vê no manifesto assinado por inúmeros pesquisadores, professores universitários, cientistas sociais, servidores públicos, estudantes, trabalhadores, desempregados, donas de casa, protestando pela instrumentalização da questão do direito ao abortamento.
O Fórum dos Grupos LGBT do Estado do Rio de Janeiro organizou, para quarta-feira, dia 20, às 16 horas, na Cinelândia, em frente à Câmara de Vereadores, um Ato Público em Defesa do Estado Laico, contra o assassinato de Travestis, Transexuais, Gays e Lésbicas e pela criminalização da homofobia.
Diversos veículos de comunicação em suporte papel e virtuais, igualmente comprometidos com os princípios democráticos e com a informação enquanto direito constitucionalmente assegurado, representam verdadeiras trincheiras de resistência à insânia que foi instalada nessa disputa politiqueira.
Neles você pode encontrar textos de jornalistas, cientistas políticos, historiadores, num esforço espontâneo em defesa da República, da Democracia, do Estado Laico.
Faço referência a alguns poucos:
Sugiro àqueles que tem comprometimento coletivo e interesse em ampliar o conteúdo e a qualidade da informação que possui que os acessem. Não se arrependerão, tenho certeza.
Parafraseando o Alberto Dines, você jamais receberá as "notícias" do mesmo jeito que antes.
O mais importante de tudo é não se deixar omitir. Não se permitir o apassivamento, o alheamento. Como nos adverte Luiz Martins da Silva em artigo de 12/10/2010, no OI:
Tambem recomendo, muito seriamente, a leitura do artigo Brasil vive a encruzilhada mais séria desde 64, de Alípio Freire, na Carta Maior:
Para encerrar, finalizo com a frase de Arnóbio Rocha, em texto publicado na NovaeE ao qual igualmente convido. É outra das leituras fundamentais desse momento:
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