sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Igreja Universal outra vez na mira do Ministério Público: Denunciada por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro dos fiéis

Fundador da Igreja Universal denunciado pelo Ministério Público

Por : Redacao em 12/09/2011 - 20:52:49

 O Bispo Edir Macedo, fundador e dirigente da Igreja Universal do Reino de Deus, foi denunciado pelo Ministério Público por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro dos fiéis. Junto com Edir, outros três dirigentes da igreja também foram denunciados.
Também são acusados o ex-deputado federal João Batista Ramos da Silva, o bispo Paulo Roberto Gomes da Conceição, e a diretora financeira Alba Maria Silva da Costa.
O Ministério Público afirmou que os fiéis são vítimas de estelionato porque o dinheiro que deram à igreja fora enviado entre 1999 e 2006 para os Estados Unidos de forma ilegal, por intermédio de uma casa de câmbio de São Paulo.
Apesar de a Igreja ter imunidade tributária, – benefício concedido no art. 150 que prevê imunidade do patrimônio, da renda e dos serviços dos templos de qualquer culto – somente entre 2003 e 2006, a Universal declarou ter recebido pouco mais de R$ 5 bilhões em doações, mas, segundo testemunhas, esse valor pode ser bem maior. 
O procurador Sílvio Luís Martins de Oliveira disse que os “pregadores valem-se da fé, do desespero ou da ambição dos fiéis para lhes venderem a ideia de que Deus e Jesus Cristo apenas olham pelos que contribuem financeiramente com a Igreja e que a contrapartida de propriedade espiritual ou econômica que buscam depende exclusivamente da quantidade de bens materiais que entregam”.
Os dirigentes da Universal declararam à Receita Federal apenas parte do dinheiro arrecadado com as doações dos fiéis, de acordo com apuração do Ministério Público.
Em 2009, o Ministério Público de São Paulo já tinha apresentado uma denúncia à Justiça contra Macedo e oito dirigentes da igreja por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O processo foi anulado pelo TJ (Tribunal de Justiça) que entendeu que se tratava de um caso da esfera federal. Agora, parte das investigações do Ministério Público do Estado de São Paulo foi aproveitada pelo federal.
Ex-diretor lavrou denúncia antes de morrer
Seis dias antes de morrer em circunstâncias ainda não completamente esclarecidas, o ex-diretor da IURD e ex-vereador na cidade do Rio de Janeiro, Waldir Abrão, lavrou um documento onde dizia que os dízimos e doações recebidos dos fiéis eram entregues diretamente na tesouraria da IURD, que depositava na conta da Igreja apenas 10% do valor arrecadado, sendo que o restante era recolhido por doleiros e remetido para o Uruguai e outros paraísos fiscais.
De acordo com o MP, o dinheiro foi usado na constituição de empresas no exterior e após aplicado na compra de meios de comunicação no Brasil, todos registrados em nomes de bispos ou outras pessoas ligadas à IURD. Somente em 1992, a Investholding, uma dessas organizações, “emprestou” para esses diretores e ex-diretores da igreja no Brasil pouco mais de $ 13 bilhões. Já a Cableinvest, na mesma época, concede a essas mesmas pessoas e no mesmo ano quase $ 18,5 bilhões. Os cheques dos empréstimos nunca chegaram às mãos dos mutuários, mas eram utilizados diretamente na compra das empresas de rádio e televisão.
 Fonte: http://journalbrazil.com/fundador-da-igreja-universal-denunciado-pelo-ministerio-publico/
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18/12/2009 - 08h47

Ex-vereador morre depois de denunciar Igreja Universal

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RUBENS VALENTE
da Folha de S.Paulo
Diretor da Igreja Universal do Reino de Deus entre 1981 e 1986 e vereador do Rio de Janeiro por três legislaturas, Waldir Abrão declarou ter sido usado como "laranja" --teve o nome usado sem consentimento-- pela igreja em 20 operações de empréstimos fictícios que trouxeram dinheiro do exterior para a aquisição de uma TV de Goiânia (GO).
Abrão registrou um instrumento particular de declaração, de 23 páginas, no dia 18 de novembro no escritório Marzagão, Amaral e Leal Advogados Associados, de São Paulo. No documento, ele contou em detalhes como entrou na igreja nos anos 70 pelas mãos do líder Edir Macedo, os métodos de arrecadação da igreja e a suposta falsificação de sua assinatura em inúmeros documentos.
Seis dias depois de lavrar a escritura, passo inicial de uma futura ação judicial por cobrança de débito, Abrão, 81, foi encontrado caído no corredor do prédio em que vivia, no Rio de Janeiro, com um ferimento na cabeça. Ele morreu dois dias depois no hospital Souza Aguiar. A polícia investiga a morte.
Abrão anexou à declaração documentos que demonstram que, enquanto esteve ligado à igreja, ele realizou movimentações financeiras muito acima da sua capacidade. Por isso, foi autuado pela Receita Federal.
No auto da Receita, Abrão aparece como tomador de 20 empréstimos, no valor de Cr$ 25 bilhões (aproximadamente R$ 7 milhões em valores atuais), assinados entre 1992 e 1993 com as empresas offshore Cableinvest e Investholding, sediadas nas Ilhas Cayman.
Os empréstimos nunca foram pagos. Segundo Abrão, eram operações forjadas para internar dinheiro que havia saído do Brasil por meio de doleiros em operações de "dólar-cabo", um sistema clandestino de remessa de capitais.
As empresas Cableinvest e Investholding são as mesmas que estão no centro da denúncia oferecida pelo Ministério Público de São Paulo, em agosto, contra o líder da Universal, Edir Macedo, e no pedido de cooperação internacional protocolado pelos promotores de Justiça nos Estados Unidos.
Em 1997, a Receita cobrou de Abrão R$ 1,8 milhão, referente à multa sobre o imposto devido. Ele atribuiu a essa multa e às demais cobranças a decisão de registrar o seu depoimento.
Abrão contou ter entrado na igreja em 1977, quando ainda se chamava Igreja da Bênção. Ele afirmou que Macedo tinha o controle total da arrecadação. "Tanto na Iurd como na casa do bispo Edir Macedo, o dinheiro era contado e repassado para os doleiros que o encaminhava para o exterior", disse Abrão.
O aposentado narrou ter sido convidado por Edir para se candidatar a vereador no Rio, em 1988. "Na ocasião eu não sabia que o convite (...) iria sair tão caro para mim e que meu nome seria usado para ser o maior laranja da Igreja Universal."
A partir daí, ele e sua mulher apareceram como fiadores de aproximadamente 660 contratos de aluguel de prédios para templos. Alguns aluguéis atrasaram, e o casal passou a ser executado judicialmente.
Abrão descreveu a atuação dos parlamentares apoiados pela igreja: "O objetivo era fazer com que os políticos que foram eleitos pela Iurd aumentassem a arrecadação dos seus gabinetes, exigindo dinheiro dos interessados para aprovação de qualquer projeto que fosse necessário voto no plenário ou simples apoio político".
Nas reuniões com políticos, segundo ele, "o bispo Rodrigues ou o bispo Macedo sempre iniciavam o encontro perguntando se havia saído alguma coisa "boa" para eles". O ex-deputado Carlos Rodrigues deixou a igreja depois de ser citado no mensalão, em 2005.
Abrão deixou igreja e se afastou da política. "Meu gabinete nunca alcançava as metas por não concordar em votar de acordo com os interesses da igreja ou cobrar por apoio".
Em dezembro de 1997, o ex-vereador foi procurado por um auditor da Receita. "Verifiquei, pelas cópias que recebi, que todas as assinaturas dos requerimentos e da procuração que estavam no processo da Receita pedindo a juntada de documentos para atender as exigências do Fisco, em meu nome, eram falsas", afirmou Abrão.
Ele disse que procurou "acertar as contas" com a igreja por telefone, por cartas e reuniões, mas não obteve resposta.
Outro lado
Procurada desde quarta-feira por meio de sua assessoria de comunicação para comentar as declarações de seu ex-diretor-presidente Waldir Abrão, a Igreja Universal do Reino de Deus não havia se manifestado até o fechamento desta edição.
A Folha pediu à igreja, por e-mail, explicações sobre o suposto uso de Abrão como laranja na compra de empresas com recursos oriundos das empresas offshore Cableinvest e Investholding, sediadas no paraíso fiscal das Ilhas Cayman.
A reportagem também quis saber se [SEGUE]

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u668377.shtml

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Ex-diretor da Universal morre com pancada na cabeça após denúncia

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

 INVESTIGAÇÃOatualização em 19/12/2009

Maurício Luciano, delegado da 18ª Delegacia do Rio, disse ontem (18) que Waldir Abrão morreu de traumatismo craniano, mas não sabe se foi por acidente, como um tombo, ou assassinato. Disse que foi aberto um inquérito.

O Ministério Público de São Paulo informou que vai investigação o depoimento que o ex-diretor da Universal deixou no escritório de advocacia.

A Igreja Universal não se manifestou.  
Fonte: http://www.paulopes.com.br/2009/12/ex-diretor-da-universal-morre-com.html

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