A Igreja Católica Apostólica Romana, é sabido, não possui um passado digno. Sua história é marcada pela arrogância, prepotência, intolerância. O sangue de milhares de mulheres, índios, negros, judeus, árabes, condenados à fogueira, ao trabalho forçado, ao supliciamento e ao desterro, mancha as vestes secerdotais e os paramentos de seus rituais religiosos.
Na contramão de tudo aquilo que o Cristo pregava - amor, fraternidade, benevolência, tolerância, desapego das coisas terrenais (poder e riqueza) -, construiu um verdadeiro Estado, através de disputas as mais ignóbeis, envolvendo traição, ambição, corrupção e sexo, muito sexo.
O Vaticano, porém, sede desse governo religioso, através de seu "primeiro ministro" (o papa), não se furta a ditar regras de conduta civil a milhares de povos pertencentes a estados outros, inclusive de outras religiões, resistindo veementemente à separação entre vida civil e religiosa (veja-se a respeito, o recente inconformismo à retirada dos símbolos da religião católica das repartições públicas, objeto de proposta democraticamente apresentada nas inúmeras Conferências Nacionais e incorporadas ao III Programa Nacional de Direitos Humanos).
Dentre a série de intolerâncias, o sexo sempre foi tema de perseguição e deturpações, levando, não raro, a condutas as mais criminosas por parte de seus próprios "ministros".
A cúpula Católica negou o quanto pode as constantemente denunciadas práticas sexuais por parte de seus clérigos. Ainda que recentemente tenha se dignado a adotar uma conduta menos arrogante e negatória, tendo mesmo chegado a enfrentar a questão e inclusive oferecer desculpas públicas pelas práticas de sexo criminoso por parte de seus "evangelizadores", pedofilia e prostituição vez por vez ressurgem no noticiário como comportamentos relativamente frequentes por parte de setores dessa Igreja.
Nada disso, porém, tem tido o efeito de fazê-la rever a forma preconceituosa e persecutória que tem de lidar com a sexualidade - parte intrínseca à natureza humana e, como tal, também fruto da criação Divina.
Essa postura intransigente e preconceituosa, no entanto, produz efeitos nefandos no seio de sua própria estrutura. Compelidos ao celibato compulsório, vale dizer, à negação de uma parte de sua própria natureza (tão singela e essencial quanto o respirar, o alimentar-se), educados a ver o desejo afetivossexual como algo da ordem do pecaminoso, do aberrante, não raro vê-se ministros católicos envolvidos com denúncias de práticas sexuais interditas.
Dessa vez o escândalo vem do próprio centro do poder. O sítio da BBC noticia que "Um assessor do papa Bento 16 foi afastado nesta semana por causa de um escândalo sexual envolvendo prostituição gay que sacudiu o Vaticano."
Trata-se nada mais, nada menos do que Angelo Balducci, um Assessor Direto, do Papa responsável pela recepção de dignatários.
Pego em gravações telefônicas, realizadas pela Polícia, instruindo o seu "agente" (integrante do Coral do Vaticano) acerca das características do michê cujos serviços sexuais desejava contratar, ambos (contratante e agente) foram afastados pelo poder central Católico.
- Até quando persistirá essa linha de ação da Igreja Católica, relegando a sexualidade aos porões do interdito e da violência?
Fosse a sexualidade reconhecida como inerente ao humano - a todos os viventes -, livre das visões obscurantistas, medievas, seus próprios clérigos não se vieriam compelidos a essas práticas escabrosas (sobretudo porque envolvem dominação).
Veja a íntegra da matéria da BBC aqui.
Na contramão de tudo aquilo que o Cristo pregava - amor, fraternidade, benevolência, tolerância, desapego das coisas terrenais (poder e riqueza) -, construiu um verdadeiro Estado, através de disputas as mais ignóbeis, envolvendo traição, ambição, corrupção e sexo, muito sexo.
O Vaticano, porém, sede desse governo religioso, através de seu "primeiro ministro" (o papa), não se furta a ditar regras de conduta civil a milhares de povos pertencentes a estados outros, inclusive de outras religiões, resistindo veementemente à separação entre vida civil e religiosa (veja-se a respeito, o recente inconformismo à retirada dos símbolos da religião católica das repartições públicas, objeto de proposta democraticamente apresentada nas inúmeras Conferências Nacionais e incorporadas ao III Programa Nacional de Direitos Humanos).
Dentre a série de intolerâncias, o sexo sempre foi tema de perseguição e deturpações, levando, não raro, a condutas as mais criminosas por parte de seus próprios "ministros".
A cúpula Católica negou o quanto pode as constantemente denunciadas práticas sexuais por parte de seus clérigos. Ainda que recentemente tenha se dignado a adotar uma conduta menos arrogante e negatória, tendo mesmo chegado a enfrentar a questão e inclusive oferecer desculpas públicas pelas práticas de sexo criminoso por parte de seus "evangelizadores", pedofilia e prostituição vez por vez ressurgem no noticiário como comportamentos relativamente frequentes por parte de setores dessa Igreja.
Nada disso, porém, tem tido o efeito de fazê-la rever a forma preconceituosa e persecutória que tem de lidar com a sexualidade - parte intrínseca à natureza humana e, como tal, também fruto da criação Divina.
Essa postura intransigente e preconceituosa, no entanto, produz efeitos nefandos no seio de sua própria estrutura. Compelidos ao celibato compulsório, vale dizer, à negação de uma parte de sua própria natureza (tão singela e essencial quanto o respirar, o alimentar-se), educados a ver o desejo afetivossexual como algo da ordem do pecaminoso, do aberrante, não raro vê-se ministros católicos envolvidos com denúncias de práticas sexuais interditas.
Dessa vez o escândalo vem do próprio centro do poder. O sítio da BBC noticia que "Um assessor do papa Bento 16 foi afastado nesta semana por causa de um escândalo sexual envolvendo prostituição gay que sacudiu o Vaticano."
Trata-se nada mais, nada menos do que Angelo Balducci, um Assessor Direto, do Papa responsável pela recepção de dignatários.
Pego em gravações telefônicas, realizadas pela Polícia, instruindo o seu "agente" (integrante do Coral do Vaticano) acerca das características do michê cujos serviços sexuais desejava contratar, ambos (contratante e agente) foram afastados pelo poder central Católico.
- Até quando persistirá essa linha de ação da Igreja Católica, relegando a sexualidade aos porões do interdito e da violência?
Fosse a sexualidade reconhecida como inerente ao humano - a todos os viventes -, livre das visões obscurantistas, medievas, seus próprios clérigos não se vieriam compelidos a essas práticas escabrosas (sobretudo porque envolvem dominação).
Veja a íntegra da matéria da BBC aqui.
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