O desrespeito como regra de conduta - Cláudio Nascimento
Ontem, 21/11/25, às 22h40, fui surpreendida com a indagação de pessoa conhecida, sobre minha ausência em cerimônia de premiação do Grupo Arco-Íris, no Teatro João Caetano, em reconhecimento ao meu trabalho em defesa da cidadania cultural LGBTI+.
Informei-lhe, então, que:
No dia 17/11, às 16h01, recebi, por whatsapp, comunicado do senhor Cláudio Nascimento, dando conta da minha indicação para “a Menção Honrosa[,] na categoria Estudos Acadêmicos, no Prêmio Arco-Íris de Direitos Humanos - Edição Especial 30 Anos da Parada do Orgulho LGBTI+ do Rio de Janeiro”, e solicitando confirmasse a minha presença.
Às 16h05, respondi-lhe que, “como é de conhecimento, resido fora da Capital. Nesse sentido, solicito informações a respeito dos custo[s] de meu deslocamento."
Não houve resposta por parte do senhor Cláudio Nascimento. Tampouco fui contactada por qualquer pessoa de sua equipe, para os trâmites.
Outra pessoa homenageada informou-me ter sido convidada na semana anterior, dia 14/11.
Deixo público que o desrespeito em relação à minha pessoa é costumeiro, da parte do senhor Cláudio Nascimento.
Todos os convites institucionais que recebo cumprem o protocolo ético regular de antecedência, adequação de meio e forma e disponibilização das condições materiais necessárias para a presença solicitada.
É sabido que não faço do meu trabalho intelectual emprego ou sustento; ao contrário, uso da minha aposentadoria em seu custeio. Resido a mais de 220 km da Capital. Não tenho carro.
Nos meus cerca de 21 anos de atuação enquanto intelectual pública e ativista pela cidadania cultural LGBTI+, jamais fui tratada dessa forma em nenhum dos incontáveis convites que me foram dirigidos.
Este senhor já me submeteu ao constrangimento de ficar horas na portaria de hotel, cuja reserva me havia dito estar providenciada, aguardando que ele providenciasse o pagamento da mesma, quando do lançamento do seu documentário, em 2021. Depois de muito esperar, terminei efetuando o pagamento, que foi ressarcido posteriormente, pelo outro diretor. As despesas com as passagens foram custeadas por mim.
Em 09/03/2010, quando Superintendente da SuperDir, em compromisso agendado e várias vezes adiado, deixou-me à espera, não comparecendo, tampouco se desculpando ou remarcando, fato que registrei no blog Boteco Comer de Matula, sob o título “Em visita à SuperDir - Uma aventura antropológica”.
Quando, em 2022, em reunião que solicitei para discutirmos a defesa do Cabaré Casanova, e que contou com outros membros do GAI, propus que ele convocasse o Fórum estadual LGBTI+, para, de maneira ampliada, articularmos a defesa do Cabaré Casanova, disse-me que o dito Fórum estava inoperante. No entanto, quando é de seu interesse, mobiliza os ativismos todos.
Em maio de 2022, em evento presencial do mandado de Carlos Minc, no auditório do anexo da ALERJ, na rua da Ajuda, comprometeu-se a encaminhar a luta em defesa do Cabaré Casanova junto com o deputado e jamais o fez, como jamais fez qualquer coisa em defesa desse que é o nosso maior patrimônio cultural material do país. Da mesma forma não agiu, entretanto, em relação ao pedido de tombamento do túmulo de Madame Satã.
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