terça-feira, 25 de outubro de 2011

De qual lugar eu falo


Votei no PT desde o seu surgimento, nos idos de 1982. Espontaneamente, fiz campanha para diversos candidatos, em incontáveis pleitos ao longo de sua existência.

Jamais decidi me associar, porque entendo que, assim, estaria comprometendo minha autonomia analítica.

Defendo valores e ideias. Sobretudo o compromisso com eles.

Não avalizo a noção, predominante nos dias que correm em certa parcela das esquerdas, de que os fins justificam os meios, ou de que, dado que nos encontramos em contexto de avanço da ideologia fundamentalista, o melhor que temos a fazer é ir mesmo entregando alguns de nosos (mais caros) aneis, já que pelo mundo andam-se a perder os dedos.

O avanço do neoliberalismo, da idelogia consumista, mercantil e espetacular não me leva a crer no fim da história, da capacidade de resistir e seguir lutando pelos valores nos quais acredito.

Sou antiga. Do tempo que que a face mais marcante do MHB era crítica e autonomista. Prezava e defendia vigorosamente sua liberdade, o seu caráter suprapartidário.

Não avalizo o aparelhamento da agenda política LGBTT por parte de partidos e ONGs. Aqueles são necessariamente atrelados aos interesses, estratégias e táticas dos partidos aos quais servem. Esses, aos seus agentes financiadores.

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