Dilma
Não sai da memória de nenhum LGBTT minimamente informado a açodada e leviana atitude da Presidenta Dilma de vir a público desqualificar e noticiar a supressão do material paradidático do Programa Escola Sem Homofobia.
Foi e é inconcebível digerir que a representante máxima do Executivo Nacional – com a personalidade e a trajetória que possui - se dirija a jornalistas para comunicar uma decisão tomada SEM a necessária consulta aos seus assessores especialistas (Ministro da Educação) e, pior, SEM CONHECER A INTEGRALIDADE DO MATERIAL QUE CONDENOU.
Esse mesmo comportamento intempestivo, tendencioso, supressor do contraditório a Presidenta não tem demonstrado quando seus ministros são alvo de acusações de corrupção. Nesses casos, a Presidenta tem reiteradamente defendido e adotado postura serena, sempre ouvindo ANTES os seus ministros.
No recente caso do Ministro Orlando Silva, por exemplo, a atitude da Presidenta foi de franca serenidade e autonomia frente às pressões de certa mídia.
Entretanto, de sua decisão contrária ao material paradidático do Programa Escola Sem Homofobia (cujos vídeos assumidamente não assistiu na íntegra) o que ficou foi a imagem crua do quanto ela e o seu governo (que ajudamos a eleger) tem se deixado ficar de joelhos, a reboque das determinações e ameaças do bloco fundamentalista - que aliás compõe a sua base de sustentação parlamentar.
Marta
A atitude da Senadora Marta, a articulação que promoveu com representantes do bloco fundamentalista e a ABGLT, excluindo setores não petistas que defendem os direitos de LGBTTs, aponta para o fortalecimento dessa conclusão.
Outros Petistas
Não tem sido raros os casos de petistas - inclusive históricos - rasgarem o Programa do Partido e debandarem rumo ao avanço do poderio do bloco fundamentalista cristão. Veja aqui.
Reação de petistas LGBT
É certo que alguns petistas ocupantes de cargos na estrutura interna do partido tem se dedicado a lutar contra o posicionamento de parlamentares e governantes do PT quando estes adotam atitude que violam o programa do PT - que expressamente, desde a sua constituição, se posiciona em defesa da luta histórica do Movimento Homossexual Brasileiro por dignidade e isonomia.
O problema é que a cobrança, pelo que se tem visto, é seletiva e parcial. Quando o parlamentar em causa é "amigo", como no caso do Senador Lindbergh, o senso crítico do legebetista petista como que se turva. Sua capacidade de discernimento sofre uma pane.
Vejamos no próximo texto.
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