Quando a realidade que nos toca mais de perto nos faz esmorecer e recordar a frase de Rui Barbosa
é que se torna ainda mais necessário trazermos à lembrança exemplos outros, positivos. Porque nos alimentam e fortalecem nossas esperanças e senso combativo. Nos fazem recordar que não está tudo "dominado". Apesar da leniência, da frouxidão e da covardia de tantos.
Não é em absoluto porque critique setores de partidos progressistas como PT e PV e, mesmo, a Presidenta Dilma, em posicionamentos que renegam, seja o Programa de seus Partidos, seja o próprio passado político desses agentes públicos, que me faço adepta do golpismo ou da campanha difamatória que certa parcela dos meios de comunicação vem dando curso.
Me sinto indignada diante dessas posturas, como me entristeço quando leio que "Dilma age por medo"; ou "Vamos ser sinceros, o PT é refém da mídia e ponto. Quantas vezes já vimos Dilma voltar atrás porque a mídia divulgou algo e ela teve de se corrigir." como no comentário de uma certa Mariana, no post Instituições de joelhos, do Blog da Cidadania.
Porque vejo traços de verdade. Porque os posicionamentos, efetivamente, dão margem à este tipo de conclusão.
Embora reconheça a contribuição de vários desses personagens e desses partidos no processo (ainda em curso!) de democratização nacional, não se pode ser conivente com os recuos e com os manietamentos que vimos eles se submeterem.
Talvez seja oportuno recordar que momentos há em que é imperioso agir. Com firmeza.
Do contrário, permite-se que as forças obscurantistas, trevosas, maniqueístas, oportunistas, mas, sobretudo, as golpistas, avancem. Avancem conquistando o convencimento da parcela média e alta da sociedade.
De retorno à realidade do Rio de Janeiro: Esta blogueira permanece solidária à luta dos Bombeiros, dos Policiais Civis, sobretudo em sua Campanha Cumpra-se a Lei; dos professores do Estado, do Município e Federais, por salários dignos, condições dignas de trabalho.
Um estado que tanto produz e, consequentemente, arrecada em petróleo, por exemplo, não se admite que mantenha seus servidores estratégicos nas condições em que se encontram. Do mesmo modo que não se admite que os municípios produtores estejam nas condições em que se encontrem, em termos de saúde, saneamento básico, educação.
Portanto, a questão não é de ausência ou escassez de recursos, sabemos todxs. Portanto, a questão da distribuição dos royalties do pré-sal, os argumentos que estão sendo utilizados para defender a maior parcela para os produtores, são no mínimo equivocados.
Alguns exemplos aleatórios, mas emblemáticos, aqui no Rio de Janeiro, de fidelidade aos valores e propósitos.
De 18/10/2011:
Descrição: A Polícia Civil do Rio enfrenta problemas para desempenhar um bom trabalho. Baixos salários, falta de estrutura e baixo quantitativo de profissionais prejudicam as investigações, a repressão aos crimes e facilitam a corrupção. Data: Dia 18/10
De 04/10/2011:
Descrição: A população carcerária do Brasil cresce uma média de 10% ao ano. O número de presos no estado do Rio já chega a 26 mil pessoas. O Alerj Debate recebeu o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, deputado Marcelo Freixo, e a socióloga Julita Lemgruber para discutir os problemas do sistema penitenciário e da segurança pública do estado. Data: Dia 04/10
De 13/05/2011
Descrição: O deputado Marcelo Freixo entregou a Medalha Tiradentes à Associação de Juízes para Democracia, representada pela juíza Dora Martins, ao Movimento de Magistratura Fluminense para a Democracia, representado por Geraldo Prado, e ao Núcleo de Terras e Habitação da Defensoria Pública do Estado, representado por Maria Luiza da Luna. Data: Dia 13/05
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